Durante muitos anos eu reproduzi a ideia de que precisava ser como um camaleão, uma metáfora comumente utilizada para demonstrar adaptabilidade e sobrevivência. Você já se comparou, ainda que secretamente, a um camaleão? Eu já, por diversas vezes.
O que eu não havia percebido, até bem pouco tempo atrás, a mediocridade que existe por detrás dessa comparação. Ser um camaleão é muito pouco para mim e pode ser insuficiente para você também, sabe por quê?
O camaleão não transforma o ambiente. Ao contrário, é o ambiente que o transforma. Volátil às externalidades, o camaleão não tem poder transformador. Ou seja, não tem capacidade de impactar o ambiente em que está inserido, sendo apenas o seu reflexo.
Camaleões tem o poder de se adaptar e, por isso, sobrevivem. Mas você quer mesmo apenas sobreviver? Tudo bem sobreviver durante um período das nossas vidas, mas a vida inteira? Quando vamos aprender a viver de verdade, a trabalhar com algo que nos motive, a desenvolver projetos e negócios transformadores?
Camaleões não conseguem inovar. Biologicamente irão absorver as tendências criadas pelos outros. Sua sina é viver preso ao ambiente. Não conseguem sequer refletir se essas tendências criadas fazem sentido para si próprio. Qualquer coisa serve quando se está sobrevivendo.
Perda de tempo é procurar um camaleão, pois ele sempre muda de cor! Comece a refletir se o motivo para a sua ausência de visibilidade, ou do seu negócio, não seja, justamente, a mudança de cores.
Sobreviver e se adaptar é muito pouco para quem anseia empreender com propósito, impactar positivamente o seu ambiente e, até mesmo, de alguma forma, contribuir com a transformação das pessoas. Talvez não seja o seu caso e está tudo bem.
Mas se você deseja empreender com propósito, ser um camaleão é muito pouco para você.
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