Essa é uma das perguntas que sequer titubeio em responder. Sem sombra de dúvidas feito é melhor que perfeito. Mas por quê? Ela me relembra que perfeccionismo, na maioria das vezes, é sinônimo de covardia e que jamais estaremos integralmente prontos para colocar nosso produto ou serviço no mercado.
Não tenho dinheiro suficiente, o mercado ainda não está preparado, meu produto não está bom são algumas justificativas que eu, uma perfeccionista compulsiva, mantinha no meu repertório de desculpas esfarrapadas.
Feito é melhor que perfeito é uma injeção contra a procrastinação e a escolha do momento perfeito, que certamente nunca existiu e jamais existirá. No universo das startups, o MVP- Mínimo Produto Viável é a sintetização dessa frase.
Simples e funcional, como defendido por mim no livro uma startup para chamar de minha, o MVP é um antibiótico capaz de combater o vírus da procrastinação e, com ele, o empreendedor que nunca lança a primeira versão do seu produto ou serviço por medos variados. Mas nem tudo são flores. Ao mesmo tempo que pode ajudar o empreendedor a sair da inércia e se projetar no mercado, feito é melhor do que perfeito pode ser tornar um mantra para escravizá-lo na construção de produtos medíocres, alheios à usabilidade e experiência do cliente.
A primeira versão do seu produto ou serviço é uma ferramenta incrível para viabilizar testes, analisar métricas e propor a construção de uma versão ainda melhor, mas ela não é uma carta em branco à eternização de produtos ou serviços constantemente ruins.
Por isso, em um dado momento da jornada do seu produto ou serviço, você empreendedor precisará se preocupar em “aumentar a régua”, ou seja, melhorá-lo significativamente para atender os anseios do seu próprio mercado.
Feito é melhor do que perfeito jamais pode ser usado como uma “desculpa” para não atingir o próximo nível de exigência do mercado. Se você está no automático, comece a pensar e planejar quando e como você irá melhorar seu produto ou serviço. E melhore, é o que os seus clientes esperam de você.
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